Feiras livres historicamente em grandes cidades afirmam pesquisadores datam desde 500 a.C. no Oriente Médio e, também na Idade Média estando relacionadas às festividades religiosas. Esta atividade no passado originou se com uma relação bem estreita da religião com o comércio isto porque a palavra "feria" significa em latim "dia santo" ou "feriado".
Produtores locais se reuniam em lugares públicos para trocar ou com surgimento da moeda vender seus produtos artesanais. Logo o poder público interveio para organizar esta atividade fiscalizando e cobrando impostos. A feira livre desempenhou um importante papel na implantação do dinheiro, na manutenção do capitalismo e no surgimento das cidades.
Na França as feiras livres são denominadas de marché, na Inglaterra periodic market. No Brasil, as feiras livres inspiradas a esses mercados europeus caracterizam pelos produtos expostos em barracas e vendidos em praças para o abastecimento local. Eventos maiores envolvendo negócios regionais são realizados anualmente nos tempos modernos na Europa são denominados de foire (francês) ou fair (inglês).
Em nosso país as feiras livres existem desde o tempo da colônia, e permanecem ativas, sejam nas grandes ou pequenas cidades apesar do desenvolvimento global. Sendo que nas pequenas cidades do Brasil ainda a principal e, às vezes o único local de comercio da população.
Muito representativas do universo urbano contemporâneo ainda as feiras livres persistem por estimular o trabalho de grupos populares locais numa demonstração de resistência cultural valorizando seu território.
As feiras livres além da simples comercialização de mercadorias são espaços educativos e pedagógicos não formais de aprendizagem por que revelam a dimensão educativa das cidades e da relação do trabalho com a formação humana. Espaços privilegiados de educação popular e de produção cultural onde trabalhadores e trabalhadoras criam diferentes saberes do trabalho formando e transformando a cidade.
'Não basta reconhecer que a cidade é educativa, independente de nosso querer ou de nosso desejo. A cidade se faz educativa pela necessidade de educar, de aprender, de ensinar, de conhecer, de criar, de sonhar, de imaginar que todos nós: mulheres e homens impregnamos suas ruas, suas praças, suas fontes, suas casas, seus edifícios, deixando em tudo, o selo de certo tempo, o estilo, o gosto de certa época. A cidade é cultura, criação, não só pelo que fazemos nela e dela, pelo que criamos nela e com ela, mas também é cultura pela própria mirada estética ou de espanto, gratuita, que lhe damos. A cidade somos nós e nós somos a cidade. ' (Paulo Freire, 2001, p.13).
A Feira Chapada Sustentável nasceu como tantas outras historicamente para comercializar seus produtos e se caracteriza por incluir a diversidade numa proposta não simplesmente educativa, mas também buscando espaço para reflexão e construção de conhecimentos de como as pessoas podem estabelecer com o mundo a partir de suas experiências urbanas a sua relação com a natureza, corpo, em suas dimensões éticas e sustentáveis.
A Feira Cultural Chapada Sustentável ou Feirinha da Sustentabilidade, como ficou conhecida, é uma iniciativa de um coletivo de empreendedores da cidade que promove encontros entre produtores e consumidores, preocupados com um consumo mais consciente e politizado. Através da exposição e comercialização de produtos inovadores e artesanais, tem estimulado e facilitado um modo de vida mais sustentável, tanto no campo social, quanto ambiental.
Com uma breve mobilização junto a artistas, artesãos e produtores de Chapada dos Guimarães conseguiram superar as expectativas iniciais da Feira Cultural e já estabeleceram um calendário fixo em Chapada dos Guimarães: a cada terceiro sábado do mês, é possível adquirir alimentos artesanais, saudáveis e deliciosos, artesanatos, acessórios, brinquedos tradicionais, brechó, sebo artes, adubo orgânico e muitas ideias, tudo produzido de modo sustentável, justo e solidário!
Cor de Ipê - Ana Paula Lopes Câmara
"A nossa Feira Chapada Sustentável reflete o movimento mundial de reconhecer e potencializar as produções dos artesãos e artistas locais... Um passo no caminho da construção de um novo mundo com mais harmonia, respeito e solidariedade! "
Confluência - Elena Bausa de Vidal
'Como nossa bandeira é a arte e sustentabilidade o que nos motivou foi a ideia de um movimento de rua, na porta da loja, de onde se fale, se comercialize e se apresente produtos e ideias ecológicas, saudáveis que favoreça um futuro mais sustentável para Chapada. Ficamos muito satisfeitos com o apoio e envolvimento do público em geral e do coletivo que organiza e participa da feira sempre aprimorando nos produtos que apresenta. '
Rockall - Natia Ortega
'O que me motivou foi a proposta, a oferta de produtos naturais, integrais e artesanais. A preocupação de fazer sustentavelmente de forma promover a qualidade de vida da produção até o consumidor. É impressionante como tem aumentado a procura, o interesse pelos produtos oferecidos na Feira Sustentável. '
Casa da Mata - Cecilia Kawall
'Há um ano atrás recebi o convite para participar da feira via Javier e Elena. Admiro muito o trabalho deles com a papelaria artesanal, a ideia do papel semente é incrível e os jogos de xadrez com bichos e índios são muito criativos. Fiquei honrada com o convite e aceitei sem dúvida. Logo a parceria se firmou também com a Ana Paula e Chico, outro casal maravilhoso com ideias e trabalho de extremo bom gosto e determinação, com roupas e a proposta dos produtos orgânicos. E desde o início foi um sucesso a feira, sempre com muito trabalho e alegria envolvidos, sempre linda, colorida, movimentada, proveitosa, e com o princípio de promover a Sustentabilidade acima de tudo. A valorização do produtor local, o consumo consciente, o compromisso com a cidade e com o cidadão. E a cada edição da feira estamos mais unidos e organizados, mais fortes e mais suaves ao mesmo tempo, crescendo como uma família! '
Cozinha do Sal - Malu Jimenez
'O que nos motivou foi de ser uma feira com a proposta de um consumo mais consciente preocupado com o artesanal e natural. '
Atelier Casa 70
' Recebemos o convite feito pela Loja Cor De Ipê, e nos sentimos muito honradas por podermos ter mais uma oportunidade de mostrarmos nosso trabalho e fazer parte de um grupo envolvido em uma causa, a sustentabilidade, que nos era e é muito importante em nossas vidas. Passado esse 1 ano, percebemos claramente, que este movimento não foi apenas importante para nós, mas também para a comunidade que acolheu muito bem e nos aguarda em cada edição. Sem vaidade, é muito legal saber que fazemos parte de uma ação que traz um novo olhar para a vida!!!'
Alegrís - Micheli Sierra
'O movimento sustentável foi a principal motivação. Meu trabalho tem o propósito de oferecer a infância algo que perdure para toda a vida. Nesse 1 ano vi a feira crescer e ter amigos que estão presentes em todas as edições, além de criar um corrente de divulgação de possibilidades sustentáveis. '
O aniversário de um ano da feirinha cultural ';Chapada Sustentável'; esta cheia de novidades, alegria e boas vibrações.
Nesse mês a famosa Feira Cultural Chapada Sustentável completa 1 ano!
Nessa edição de aniversário acontecerão muitas novidades! Cinema, Palhaçarias, música e sorteios de cestas com os produtos sustentáveis da feirinha! Isso tudo na rua! Sábado, 15 de abril, das 17hs às 22hs.
A comemoração do primeiro ano da feirinha 'Chapada Sustentável' acontece neste sábado (15), a partir das 17h, na Rua Quinco Caldas, a 67km da capital Cuiabá. Com a participação de mais de quinze expositores, o evento terá também palhaçaria, roda de violão, sorteio de produtos, caricaturas de Luis Antonio Segadas e cinema.
No aniversário de um ano do coletivo 'Chapada Sustentável' estarão presentes os expositores: Alegris, A Cozinha de Sal, Atelier Casa 70, Chá com Arte, Cor de Ipê, Cantinho de Portugal, Das Magas, Ovos de Codorna, Brechó, Dwari, Queijo de Cabra, Aquiles Hortaliças, Rockall, Casa da Mata, Fusca Sebo e Confluência - Arte e Sustentabilidade.
Local: Av. Quinco Caldas
(Av. de entrada da cidade de Chapada dos Guimarães)